Todos os posts de Luiz Filipe Soares da Silva

Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – janeiro de 2024

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou recuo de 1,1% na comparação entre janeiro e dezembro na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão das quedas de 1,3% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e de 1,1% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela 1.

O resultado em janeiro devolve o crescimento registrado em dezembro, na série dessazonalizada. Ainda assim, o trimestre móvel encerrado em janeiro cresceu 0,3% na margem. Na comparação interanual, todavia, enquanto o indicador mensal cresceu 3,0% contra janeiro de 2023, o indicador em médias móveis trimestrais subiu 0,6%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou baixa de 1,8%, contrastando com o aumento de 0,4% apontado pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como visto no gráfico 1.

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Dados Xls



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Inflação por faixa de renda – fevereiro de 2024

Por Maria Andreia Parente Lameiras

Os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apontam que, na margem, houve uma aceleração da inflação, em fevereiro, para todas as classes de renda pesquisadas. Em termos absolutos, a maior taxa de inflação foi registrada no segmento de renda média alta (0,88%), refletindo, sobretudo, os reajustes das mensalidades escolares e dos combustíveis. Já a classe de renda muito baixa foi a que registrou a menor inflação no período, com taxa de 0,78%, impactada pelo aumento dos alimentos no domicílio e das tarifas de ônibus urbano e integração.

No acumulado em doze meses até fevereiro, enquanto as famílias de renda muito baixa apresentam a menor taxa de inflação (3,56%), a faixa de renda alta aponta a taxa mais elevada (5,44%).

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Dados Xls



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Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em fevereiro de 2024

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), fevereiro de 2024 apresentou um déficit primário de R$ 61,3 bilhões nas contas do governo central. A receita líquida do governo central atingiu R$ 129,8 bilhões nesse mês, crescimento de 20,8% em termos reais, comparativamente a fevereiro de 2023, ao passo que a despesa totalizou R$ 191 bilhões, acréscimo de 27,5% na mesma base de comparação. No acumulado do primeiro bimestre do ano, o resultado primário apresenta um superávit de R$ 18,7 bilhões, a preços constantes de fevereiro, ante o superávit de R$ 40,7 bilhões no mesmo período de 2023.

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Indicador Ipea mensal de FBCF – resultado de dezembro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que agrega os investimentos em máquinas e equipamentos, na construção civil e em outros ativos fixos, registrou um avanço de 2,1% na comparação entre dezembro e novembro na série com ajuste sazonal. Com isso, o trimestre móvel encerrado em dezembro registrou expansão de 0,9% na comparação dessazonalizada – resultado já ajustado de acordo com as contas nacionais trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nas comparações com os mesmos períodos de 2022, o indicador mensal apresentou quedas de 2,0% em dezembro, e de 4,4% no trimestre móvel. No acumulado em doze meses, por sua vez, os investimentos totais apresentaram uma retração de 3,0% em 2023.

Na comparação com ajuste sazonal, os investimentos em máquinas e equipamentos – medidos segundo o conceito de consumo aparente, que corresponde à produção nacional destinada ao mercado interno acrescida das importações – apresentaram uma alta de 3,1% em dezembro, encerrando o trimestre móvel com queda de 1,4%. Quanto a seus componentes, tanto a produção nacional quanto as importações registraram avanço em dezembro, com altas de 3,0% e 5,9%, respectivamente. Já na comparação em médias móveis, enquanto a produção nacional caiu 3,7%, a importação cresceu 1,9%. No acumulado em doze meses, o consumo aparente (ou a demanda interna) de máquinas e equipamentos encerrou 2023 com uma retração de 9,4%.

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Dados Xls



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Desempenho do PIB no quarto trimestre de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho e Monica Mora Y Araujo

O PIB, conforme divulgado pelo IBGE, cresceu 2,9% em 2023, com um aumento de 2,1% no quarto trimestre em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior e estabilidade quando cortejado ao terceiro trimestre de 2023, na série livre de efeitos sazonais. O desempenho do PIB no quarto trimestre do ano passado deixa um carregamento estatístico (carry-over) de 0,2% para 2024, ou seja, caso os próximos quatro trimestres apresentem crescimento nulo, o resultado acumulado ao final do ano seria de 0,2%.

No âmbito da produção, o setor agropecuário cresceu 15,1% no acumulado do ano, consubstanciando uma contribuição da ordem de 0,9 ponto percentual (p.p) para o crescimento do PIB em 2023. O quarto trimestre, todavia, revelou um fraco desempenho, com queda de 5,3% na série dessazonalizada e estabilidade na comparação interanual. Já o PIB de serviços manteve o ritmo de crescimento verificado no terceiro trimestre de 2023 e avançou 0,3% na margem no último trimestre de 2023, levando a um crescimento de 2,4% no acumulado do ano e a uma contribuição da ordem de 1,4 p.p. para o resultado do PIB. Em relação ao setor industrial, seu desempenho mostrou aceleração na margem, com avanço de 1,3%, resultado que sucedeu a alta de 0,6% no período anterior. Encerrando 2023 com alta de 1,6%, a atividade da indústria contribuiu com 0,4 p.p. no PIB. É relevante ressaltar, todavia, o caráter heterogêneo entre os seus subsetores. Enquanto as indústrias extrativas, o setor de eletricidade e gás e saneamento contribuíram de forma bastante positiva para o resultado agregado em 2023, o PIB da indústria de transformação colaborou negativamente.

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Indicador Ipea de consumo aparente de bens industriais – novembro de 2023

Por Leonardo Mello de Carvalho

O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou avanço de 0,9% na comparação entre novembro e outubro na série com ajuste sazonal. O indicador é uma proxy da demanda interna por bens industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações. Esse resultado ocorreu em razão do aumento de 1,4% da produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) e da queda de 0,7% das importações de bens industriais, conforme mostra a tabela 1.

O bom desempenho em novembro compensou, em parte, a queda de 1,7% registrada em outubro. Com isso, o trimestre móvel encerrado em novembro caiu 1,0% na margem. Na comparação interanual, enquanto o indicador mensal cresceu 0,7% contra novembro de 2022, o indicador em médias móveis trimestrais recuou 1,5%. No acumulado em doze meses, a demanda por bens industriais registrou baixa de 2,3%, contrastando com o cenário de estagnação apontado pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PIM-PF/IBGE), como visto no gráfico 1.

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Dados Xls



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Indicadores mensais do mercado de trabalho – dezembro de 2023

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta nota1 – feitas com base nos dados por trimestre móvel da PNAD Contínua– indicam que o mercado de trabalho brasileiro voltou a surpreender positivamente em dezembro, ao mostrar queda da desocupação mais forte que a prevista, beneficiada por um incremento maior da população ocupada. Não obstante esse aumento da ocupação, o crescimento dos rendimentos médios reais, que vem possibilitando sucessivas expansões da massa salarial, ratifica esse cenário favorável.

Por certo, em dezembro de 2023, a população ocupada no país somava aproximadamente 101,1 milhões de pessoas, avançando 2,7% na comparação com o mesmo período de 2022. Já em termos dessazonalizados, em dezembro, a PO apresentou alta de 0,8% em relação ao observado em novembro. Nota-se, no entanto, que essa aceleração da ocupação vem sendo acompanhada de um movimento similar da força de trabalho, impedindo uma queda ainda mais significativa da taxa de desocupação. Por certo, na comparação interanual, a força de trabalho brasileira avançou 1,6%, passando de 107,3 milhões, em dezembro de 2022, para 109 milhões, em dezembro de 2023. Em relação a novembro, a alta apontada é de 0,3%. ​

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Dados Xls



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Estimativa preliminar do resultado primário do governo central em janeiro de 2024

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

De acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o mês de janeiro de 2024 apresentou um superávit primário de R$ 77,9 bilhões nas contas do governo central, ante um superávit primário de R$ 82,5 bilhões em igual período do ano passado, em valores de janeiro de 2024. A receita líquida do governo central atingiu R$ 236,1 bilhões nesse mês, crescimento de 2,3% em termos reais, comparativamente a janeiro de 2023, ao passo que a despesa totalizou R$ 158,3 bilhões, acréscimo de 6,7% na mesma base de comparação. No acumulado em doze meses até janeiro deste ano, em valores de janeiro de 2024, o déficit primário está em R$ 236,4 bilhões, ante o superávit de R$ 49,4 bilhões no mesmo período terminado em janeiro de 2023.

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Panorama Fiscal: destaques de 2023 e perspectivas

Por Marco A.F.H. Cavalcanti, Sergio Fonseca Ferreira, Felipe dos Santos Martins  e Wellington Charles L. Nobrega

O quadro fiscal de 2023 foi marcado, no âmbito federal, pela combinação de queda real de arrecadação, após forte crescimento observado em 2021 e 2022, e expressivo aumento real da despesa. Do lado da receita, observou-se, de acordo com nossa estimativa preliminar, queda real de 21,1% para as receitas não administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB) e de 1,1% para as administradas, levando a uma queda de 2,9% para a receita total. Pelo lado da despesa, registrou-se crescimento real de 12,9%, ou R$ 247 bilhões, em reais de dezembro de 2023, com destaque para as despesas obrigatórias com controle de fluxo (alta de R$ 105,2 bilhões, ou 45,2%, muito impactadas pelo crescimento das despesas com o programa Bolsa Família, com aumento real de R$ 48,1 bilhões, ou 40,6%), créditos extraordinários (aumento de R$ 46 bilhões, ou 92,3%, sob o impacto da decisão do Supremo Tribunal Federal – STF para pagamento imediato dos passivos com precatórios no valor de R$ 92,4 bilhões), despesas com benefícios previdenciários (aumento de R$ 38,8 bilhões, ou 4,6%) e despesas discricionárias (aumento de R$ 24,4 bilhões, ou 15,2%). Nesse contexto, o resultado primário no ano registrou déficit de R$ 234,3 bilhões, a preços de dezembro de 2023, correspondente a cerca de 2,1% do produto interno bruto (PIB).

Para 2024, a meta de resultado primário para o governo central é igual a zero, podendo o referido resultado ter um intervalo de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos (equivalente a 0,25% do PIB estimado para o ano). O atingimento dessa meta é um objetivo desafiador, uma vez que irá requerer uma expansão da arrecadação muito superior ao padrão histórico. O crescimento real da receita líquida implícito no Autógrafo da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 é de 11,3%, muito acima da taxa média de crescimento real observada no período de 1997 a 2023 (4,3%) e, também, muito superior às expectativas de crescimento real do PIB em 2024. Nesse sentido, o governo federal tem buscado viabilizar um amplo pacote de medidas de expansão da arrecadação, com impacto fiscal potencial da ordem de R$ 168 bilhões. O efeito final das medidas propostas é, porém, incerto. As expectativas de mercado apontam a melhora do resultado primário do governo central em relação a 2023, mas ainda indicam déficits substanciais (da ordem de R$ 86 bilhões no Prisma Fiscal/Secretaria de Política Econômica – SPE e de 0,8% do PIB na Pesquisa Focus/Banco Central do Brasil – BCB).

No que se refere ao endividamento público, nota-se que, após aumentar fortemente em razão da pandemia, quando a dívida bruta do governo geral (DBGG) atingiu 86,9% do PIB em dezembro de 2020, a razão dívida-PIB caracterizou-se por tendência de queda, fechando 2022 no patamar de 72,9%. No período mais recente, contudo, a DBGG voltou a crescer, atingindo 73,8% do PIB em novembro de 2023. As expectativas de mercado para a DBGG apontam o aumento da razão dívida-PIB no triênio 2024-2026; de acordo com os relatórios mais recentes, a razão DBGG/PIB deverá passar para cerca de 78% ao final de 2024, entre 80% e 81% em 2025 e chegando em torno de 83% em 2026.

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Mercados e preços – soja e milho – janeiro de 2024

Por Diego Ferreira e José Ronaldo de C. Souza Jr

Soja
A semeadura está finalizada em quase todas as regiões. Há uma perspectiva de estabilidade na produção doméstica, diante da queda da produtividade e do aumento da área de plantio. Espera-se também que haja queda na participação brasileira nas exportações mundiais e manutenção de preços pressionados devido à alta da produção mundial.

Milho
A semeadura da primeira safra foi finalizada em quase todas as regiões. Já a semeadura da segunda safra deve se iniciar em meados de janeiro. Espera-se queda na produção doméstica, diante da piora da produtividade e da redução da área de plantio. A participação nas exportações mundiais também deve diminuir, reflexo da recuperação argentina e estadunidense. Espera-se valorização de preços domésticos nos próximos meses, ainda que sob contexto de baixa volatilidade.

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