Todos os posts de Breno Galvão

Inflação por faixa de renda – Julho/2022

Por Maria Andréia P. Lameiras

De acordo com os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, em julho, todas as classes de renda apresentaram deflação, com taxas variando entre -0,85% para o segmento de renda média e -0,34% para a classe de renda muito baixa. Após a incorporação deste resultado, no acumulado do ano, até julho, a inflação registra altas que variam de 4,60% (rendas média baixa e média alta) a 5,24% (renda alta). Como resultado desta deflação generalizada, registrada em julho de 2022, no acumulado em doze meses, todas as classes de renda registraram desaceleração inflacionária na comparação com o mês de junho. Em termos absolutos, enquanto a faixa de renda média-alta aponta a menor inflação acumulada em doze meses (9,7%), a faixa de renda alta é a que registra a maior alta no período considerado (10,5%).​

220614_cc_54_nota_26_ifr_jun22_tabela_01

220614_cc_54_nota_26_ifr_jun22_graficos_01_e_02

Acesse o texto completo

Taxa mensal de inflação por faixa de renda (xlsx)



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Estimativa preliminar do resultado primário do Governo Central em julho de 2022

220909_nota11_estimativa_preliminar_finalPor Sergio Ferreira e Felipe Martins

Em julho, foram mantidas as tendências de crescimento elevado da arrecadação do governo federal em relação a 2021 e de geração de resultados primários acima da meta estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022. A receita líquida do governo central atingiu R$ 162,4 bilhões no mês, tendo crescido, em termos reais, 6% quando comparada com o mesmo mês do ano anterior. Por sua vez, a despesa registrou queda de cerca de 17,7% na mesma base de comparação. Assim, o resultado primário de julho, superavitário em R$ 18,6 bilhões, foi significativamente superior ao observado em julho de 2021, quando registrou-se um déficit de R$ 21,5 bilhões – correspondendo a uma melhora no resultado primário de R$ 40,1 bilhões, em valores de julho de 2022.

No acumulado do ano até julho, a receita total apresentou crescimento real de 15,1% em relação ao mesmo período de 2021, ao passo que a despesa apresentou queda de 1,9%. Assim, o resultado primário acumulado no ano, que atingiu saldo positivo de R$ 74,7 bilhões em valores de julho de 2022, apresentou significativa melhora em relação a igual período de 2021, quando foi registrado déficit de R$ 79,8 bilhões.

No que se refere às receitas administradas pela RFB, os destaques em julho continuaram sendo a arrecadação com contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) e o Imposto de Renda, com crescimento real, relativamente a julho de 2021, de 21,7% e 16,1%, respectivamente. Na abertura de receitas não administradas pela RFB em julho, cabe destacar a arrecadação de R$ 6,9 bilhões com dividendos e participações e R$ 19,7 bilhões com a exploração de recursos naturais.

A queda real da despesa total em julho, relativamente ao mesmo mês de 2021, é explicada principalmente pelas reduções nas despesas previdenciárias (-24,5%), nas despesas com pessoal (-9%) e nas demais despesas obrigatórias (-42%), que mais do que compensaram a elevação das despesas sujeitas à programação financeira (30,8%).

220510_cc_55_nota_13_icti_mar22_tabela_1

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicadores mensais do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas s Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta nota indicam que a continuidade da trajetória de recuperação do mercado de trabalho brasileiro, iniciada no segundo semestre de 2021, vem consolidando um cenário marcado por forte expansão da população ocupada e queda expressiva da taxa de desocupação.

Em junho de 2022, a população ocupada no país somava 98,7 milhões de pessoas, avançando 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Após o ajuste sazonal, o contingente de 101,2 milhões de ocupados, em junho de 2022, foi 1,4% maior que o observado em maio, alcançando o novo recorde da série, iniciada em janeiro de 2012.  Adicionalmente, o crescimento significativo da população ocupada vem desencadeando quedas significativas da taxa de desocupação, que recuou 4,5 p.p., na comparação interanual, passando de 13,7%, em junho de 2021, para 9,2%, em junho de 2022. Já em termos dessazonalizados, a taxa de desocupação recuou pela 13a vez consecutiva, chegando a 8,9%, em junho de 2022, e atingindo o menor patamar desde julho de 2015.​

220510_cc_55_nota_13_icti_mar22_tabela_1

Acesse o texto completo

PNADC (xlsx)



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Comércio exterior do agronegócio: primeiro semestre de 2022

Por Ana Cecília Kreter, Rafael Pastre, Fabio Servo e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre com superávit de US$ 71,2 bilhões – crescimento de 32,3% frente ao mesmo período do ano anterior. As exportações do setor somaram US$ 79,3 bilhões, enquanto as importações, US$ 8,1 bilhões – valores 29,4% e 8,6% acima dos observados em 2021. Considerando os produtos de todos os setores – balança comercial total –, o primeiro semestre também foi superavitário (US$ 34,3 bilhões), ligeiramente abaixo dos US$ 37 bilhões registrados no primeiro semestre de 2021.

Em junho, o agronegócio apresentou um superávit comercial d​e US$ 14,2 bilhões, mais do que compensando o déficit de US$ 5,4 bilhões nos demais produtos, o que permitiu ao país fechar junho com superávit comercial de US$ 8,8 bilhões (na soma de todos os setores).

O período de março a maio costuma ser o mais forte para o agronegócio brasileiro, e é impactado fortemente pela colheita da soja e pelo abate de bovinos antes do período de estiagem nas principais regiões produtoras. Em 2022, no entanto, as exportações continuaram aquecidas em junho, superando em 31,2% o mesmo mês do ano anterior – o que corresponde a US$ 15,7 bilhões.​

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A Distribuição dos rendimentos do trabalho remoto potencial no Brasil por características individuais

Por Geraldo Sandoval Góes, Felipe dos Santos Martins e Vinícius de Oliveira Alves

​Na perspectiva de dar continuidade ao acompanhamento das transformações recentes do mercado de trabalho, esta nota objetiva realizar uma análise da distribuição dos rendimentos do teletrabalho potencial segundo características individuais, tais como gênero, raça/cor, escolaridade e faixa etária. Para tanto, utilizam-se dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE nos recortes Brasil e macrorregiões. Os resultados indicam que cerca de 40% da massa de rendimentos nacional poderiam ser auferidos por pessoas em teletrabalho potencial (lembrando que esse contingente corresponde a 24,1% das pessoas ocupadas).​​

Ainda no recorte nacional, os dados apontam, especialmente no caso do gênero, divergências entre a distribuição do número de pessoas ocupadas em teletrabalho potencial e a da massa de rendimentos associada. De fato, no Brasil, conquanto as mulheres sejam maioria nesse regime laboral (58,3%), elas seriam responsáveis por apenas 45,9% dos rendimentos dessa modalidade de trabalho. Outro resultado que se destaca é em relação a faixa etária, notou-se um deslocamento para a direita da distribuição, afinal, apesar de pessoas nas faixas etárias de 20 a 49 anos serem majoritárias no teletrabalho potencial (71,8%), a hegemonia na massa de rendimentos pertence aos indivíduos com idades entre 30 e 59 anos (77%).​​

Quanto a distribuição macrorregional, o Sudeste se revelou, para a maioria das características individuais, como a região mais próxima da média observada para o Brasil. De certa forma, trata-se de um resultado esperado, visto que a maior parte da massa de rendimentos provém dessa localidade. Por fim, outro resultado que se destacou foi sobre nível de escolaridade, particularmente o ensino médio completo, pois a região Sul é única na qual ocupados com esse nível de educação formal seriam responsáveis por mais de 20% da massa salarial do teletrabalho potencial.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Inflação por faixa de renda – Junho/2022

Por Maria Andréia P. Lameiras

​Em junho, os dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostram que a inflação variou entre 0,61% para o segmento de renda muito baixa e 0,98% para a classe de renda alta. Com a incorporação deste resultado, no acumulado do ano, até junho, a inflação registra altas que variam de 5,43% (renda muito baixa) a 5,69% (renda alta). Já no acumulado em doze meses, à exceção da faixa de renda média-alta, com taxa de variação de 11,5%, todas as demais registram altas próximas a 12,0%.​​

220614_cc_54_nota_26_ifr_jun22_tabela_01

220614_cc_54_nota_26_ifr_jun22_graficos_01_e_02

Acesse o texto completo

Taxa mensal de inflação por faixa de renda (xlsx)



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Estimativa preliminar do resultado primário do Governo Central em junho de 2022

Por Sergio Ferreira e Felipe Martins

A presente Nota de Conjuntura apresenta estimativas preliminares da receita total, da despesa e do resultado primário do governo central em junho de 2022, obtidas a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Os dados do Siafi têm propiciado aproximação razoável aos dados oficiais divulgados posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). O objetivo desta divulgação é, assim, contribuir para o acompanhamento mais ágil das contas públicas a partir dos dados já disponíveis ao público – com a ressalva de que os dados definitivos somente serão conhecidos quando da divulgação do Resultado do Tesouro Nacional (RTN) pela STN.

As estimativas preliminares apontam que, no acumulado do ano até junho, o superávit atingiu R$ 57,2 bilhões, contra déficit de R$ 58,7 bilhões em igual período de 2021. A receita total do governo central atingiu R$ 224 bilhões em junho, tendo crescido, em termos reais, 46,8% quando comparada com o mesmo mês do ano anterior, ao passo que a despesa total registrou queda de 14,5% na mesma base de comparação. No semestre, as receitas totais registraram aumento real de 16,3%, enquanto a despesa total cresceu 1,2%, comparativamente com o mesmo período do ano anterior.

220510_cc_55_nota_13_icti_mar22_tabela_1

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Indicadores mensais do mercado de trabalho

Por Maria Andreia Parente Lameiras e Marcos Dantas s Hecksher

As estimativas próprias mensais apresentadas nesta nota – feitas com base nos dados por trimestre móvel da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) – revelam que o processo de recuperação do mercado de trabalho se intensificou nos últimos meses.

Em maio de 2022, a população ocupada no país somava 98,3 milhões de pessoas, avançando 9,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Após o ajuste sazonal, o contingente de 99,9 milhões de ocupados, em maio de 2022, foi 1,2% maior que o observado em abril, alcançando o maior patamar desde o início da série, em janeiro de 2012. Desta forma, o nível de ocupação do mercado de trabalho brasileiro, ou seja, a proporção de ocupados em relação à população total em idade ativa, chegou a 56,8%, em maio, acelerando 4,5 pontos de porcentagem (p.p.) na comparação com maio de 2021. Em termos dessazonalizados, o resultado observado em maio (57,7%) é o maior já registrado desde março de 2015 (57,8%).​

220510_cc_55_nota_13_icti_mar22_tabela_1

Acesse o texto completo

PNADC (xlsx)



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI) – maio de 2022

Por Maria Andreia Parente Lameiras

O Índice de Custo da Tecnologia da Informação (ICTI), calculado pelo Ipea, apresentou taxa de variação de 0,61% em maio de 2022, situando-se 0,11 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada no mês anterior. Na comparação com o mesmo mês de 2021, a variação foi 0,17 p.p. menor. Com a incorporação desse resultado, o ICTI acumula uma variação de 5,59% nos últimos doze meses.​

220510_cc_55_nota_13_icti_mar22_tabela_1

220510_cc_55_nota_13_icti_mar22_tabela_2

Acesse o texto completo

ICTI – Série Completa – Maio de 2022 (xlsx)



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Visão Geral da Conjuntura

Por Marco A. F. H. Cavalcanti, Francisco E. de Luna A. Santos, Estêvão Kopschitz X. Bastos, Maria Andréia P. Lameiras e Leonardo Mello de Carvalho

Após o avanço de 1% registrado pelo produto interno bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2022 em relação ao período imediatamente anterior, a maioria dos setores produtivos apresentou desempenho positivo também em abril e maio. O avanço dos indicadores de atividade está em linha com a evolução positiva do mercado de trabalho, cujos dados mais recentes mostram que o ritmo de recuperação se intensificou ao longo dos últimos três meses. Esse conjunto de indicadores sugere boas perspectivas para o PIB no segundo trimestre: nossa projeção é de crescimento de 0,6%, em termos dessazonalizados, em relação ao trimestre anterior.

Para o segundo semestre do ano, espera-se alguma desaceleração da atividade econômica, em função de fatores externos e internos. Diante disso, a economia deve fechar 2022 com crescimento de 1,8% do PIB.

Em termos desagregados, esperamos que o crescimento do PIB em 2022 seja liderado pelo setor de serviços, cuja previsão de crescimento é de 2,8%, ao passo que os setores da agropecuária e indústria devem mostrar relativa estabilidade. Pelo lado da demanda, mantemos a avaliação de que a absorção doméstica será determinante neste ano, com crescimento do consumo das famílias de 1,6%. Em relação aos investimentos, após a queda de 3,5% observada no primeiro trimestre, prevemos recuperação parcial no segundo trimestre e relativa estabilidade no resto do ano, de modo que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deve fechar o ano de 2022 com queda de 2,8%.

Para 2023, nosso cenário é de crescimento de 1,3% no ano, baseado em duas hipóteses principais: i) com o fim da guerra na Ucrânia, a atenuação dos problemas pelo lado da oferta reduzirá grande parte da pressão inflacionária no exterior, possibilitando que a política monetária possa cumprir seu papel de reduzir gradualmente a inflação sem a necessidade de uma queda mais profunda dos níveis de atividade; e ii) ao iniciar-se 2023, parcela importante do impacto adverso do aperto monetário doméstico sobre a atividade econômica já terá ocorrido.

No que se refere à inflação, apesar da atual taxa ainda elevada e da perspectiva de que pontos de pressão inflacionária, como petróleo, bens industriais e serviços, ainda se mostrem resilientes à queda, o cenário inflacionário projetado para os próximos meses vem se tornando mais favorável. Além da expectativa de uma acomodação no preço das commodities agrícolas e da estimativa de melhora na projeção da safra brasileira em 2022, a implementação da Lei Complementar no 194/2022 deve contribuir para uma alta menos acentuada dos preços administrados este ano. Neste contexto, que combina uma alta maior para os preços livres e uma significativa desaceleração dos preços administrados, nossa estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2022 foi levemente revista para cima, passando de 6,5%, conforme divulgado na edição anterior da visão geral da Carta de Conjuntura, para 6,6%. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a previsão foi mantida em 6,3%. Para 2023, a alta de ambos os índices é projetada em 4,7%.

220630_cc_55_nota_33_atividade_economica_tabela_01

220630_cc_55_nota_33_atividade_economica_tabela_01

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------