Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais – definido como a parcela da produção industrial doméstica destinada ao mercado interno, acrescida das importações – registrou uma alta de 3,5% na comparação entre dezembro e novembro na série com ajuste sazonal. Com esse resultado, o quarto trimestre de 2022 recuou 1,7% na margem. Entre os componentes do consumo aparente, ainda na comparação dessazonalizada, enquanto a produção interna destinada ao mercado nacional (bens nacionais) cresceu 2,8% em dezembro, as importações de bens industriais avançaram 7,4%, conforme mostra a tabela 1.
Na comparação interanual, a demanda interna por bens industriais retrocedeu 0,5% contra dezembro do ano passado. Com isso, o quarto trimestre apresentou uma queda de igual taxa em relação ao verificado no mesmo período de 2021. Tomando por base a variação acumulada em doze meses, a demanda encerrou 2022 com decréscimo de 0,8%, enquanto a produção industrial, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou recuo 0,7%, como visto no gráfico 1. Na mesma base de comparação, as importações de bens de industriais acumularam um crescimento de 3,7% no ano.