Por José Ronaldo de C. Souza Júnior e Felipe Moraes Cornelio
Esta nota atualiza as séries de investimento líquido e de estoque de capital com base nos dados anuais desagregados por produto do Sistema de Contas Nacionais (SCN) de 2019, do IBGE, e nas estimativas preliminares agregadas com base nos dados mensais do Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). O principal resultado obtido é que o investimento líquido de depreciação – ou seja, o investimento que efetivamente amplia o estoque de capital – se manteve positivo no terceiro trimestre de 2021 após ter se recuperado do impacto inicial da pandemia. Em relação aos dados anuais desagregados de 2019, os investimentos em construção de infraestrutura e, principalmente, os investimentos em construção residencial foram os únicos componentes com aumentos do estoque de capital no ano. Esses dois componentes foram suficientes para superar os demais, trazendo um aumento de 0,01% no estoque de capital total. No outro extremo, o item que mais contribuiu de forma negativa para o estoque de capital total foi o item outros, influenciado principalmente pelo aumento da depreciação, mais que suficiente para superar o valor dos investimentos brutos nesse componente, apesar do crescimento da FBCF.
Dados disponíveis no Ipeadata