A gig economy no Brasil: uma abordagem inicial para o setor de transporte

Por Geraldo Góes,  Antony Firmino e Felipe Martins

Esta nota de conjuntura tem como objetivo propor uma abordagem metodológica que permita uma estimativa das pessoas ocupadas na Gig economy do setor de transporte no país. Antecipando brevemente os resultados, os dados indicam que, no Brasil, até 1,4 milhão de trabalhadores poderiam estar em alguma atividade de Gig economy no setor de transporte de passageiros e mercadorias. Isso indica que até 31,0% do total de pessoas ocupadas no setor de transporte, armazenagem e correios da PNAD Contínua estavam na Gig economy.

De modo geral, apesar de eventuais diferenças de níveis e intensidades, ambas as pesquisas (PNAD Contínua e PNAD Covid-19) mostraram um retrato similar para o período em que coexistem. A análise dos dados desse período (de maio a novembro de 2020) mostra duas importantes tendências: i) uma queda inicial do número de trabalhadores no transporte de passageiros, seguida por uma recuperação; e ii) um crescimento em meados de 2020, seguido por uma estabilização ao final de 2020 no setor de transporte de mercadorias. Ao observar o período mais longo disponível na PNAD Contínua (de 2016 até o segundo trimestre de 2021), nota-se uma explosão do número de trabalhadores no setor de transporte de mercadorias, com um crescimento de quase 1.000%. Quanto aos trabalhadores no setor de transporte de passageiros, tem-se um crescimento constante até o início de 2020, embora menos expressivo que o observado no transporte de mercadorias.

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