A redução no número de entrevistas na PNAD contínua durante a pandemia e sua influência para a evolução do emprego formal

Por Carlos Henrique Corseuil e Felipe Russo

Procuramos mostrar neste texto em que medida a anunciada queda do número de entrevistas realizadas pela PNAD Contínua pode ter interferido na evolução do emprego formal proveniente dessa fonte de informação. Isso ocorre se a queda não for distribuída uniformemente pela população, levando a mudanças na composição da amostra, de forma a alterar a representatividade de indivíduos com maior ou menor propensão a ocupar um posto de trabalho formal.

Os nossos resultados confirmam esse quadro de mudança na composição da amostra, apontando ser possível registrar quedas menores nas taxas de formalização da ordem de 0,85 p.p. na PNAD Contínua do segundo trimestre de 2020 e de 0,69 p.p. no terceiro trimestre de 2020, num cenário em que a queda no número de entrevistados não alterasse a composição da amostra.

É importante frisar que os nossos resultados apontam como plausível a hipótese de que a queda no número de entrevistas foi decorrente da dificuldade que o IBGE teve de obter um cadastro de telefones para conduzir as entrevistas por esse meio durante a pandemia. Tal conjectura é respaldada pelo fato de a queda ser concentrada, sobretudo, no grupo de indivíduos que seriam entrevistados pela primeira vez no segundo trimestre de 2020, ou seja, no início da pandemia.

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