A queda recente das taxas de ocupação e participação no mercado de trabalho e sua dinâmica

Por Carlos H. Corseuil, Maíra Franca e Lauro Ramos

Os dados mais recentes da PNAD Contínua, do IBGE, revelam os efeitos das medidas de enfrentamento da pandemia sobre o funcionamento do mercado de trabalho. A taxa de desemprego/desocupação chegou a 13,3% no segundo trimestre de 2020, contra 12,4% no mesmo período do ano passado e 11,6% no primeiro trimestre do ano corrente. Em que pese ser uma elevação não desprezível, ela não retrata fielmente o impacto negativo das medidas pois, por tratar-se de um indicador sintético que reflete o comportamento conjunto da oferta e da demanda, ela tende a atenuar as mazelas/sucessos do mercado quando essas duas dimensões flutuam na mesma direção.

Este texto se propõe a analisar mais detidamente esses movimentos em duas se- ções. Na primeira seção, recorremos aos dados agregados da PNAD Contínua de 2012 a 2020 para contemplar os movimentos numa perspectiva integrada por meio de diagramas de fase. Na segunda seção, analisamos os fluxos de entrada e saída dos trabalhadores na ocupação e na inatividade com intuito de identificar possíveis determinantes para a queda da ocupação e da participação. Para essa tarefa, combinamos dados da PNAD Contínua de 2019 com dados da PNAD Covid-19 de maio de 2020.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Fale com o autor

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *