Atividade econômica: Indicadores mensais

Por Leonardo Mello de Carvalho

De modo generalizado, o nível de atividade desacelerou no final do ano passado. Os primeiros meses de 2019 não indicam que cenário tenha sofrido alterações significativas. Enquanto as informações provenientes da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam recuo de 0,8% em janeiro, na comparação dessazonalizada, a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), também do IBGE, calcula um crescimento de 1% das vendas no varejo no mesmo período. Apesar do novo recuo da produção manufatureira, a demanda interna por bens industriais no segmento da transformação avançou 0,5% na margem. Portanto, a demanda interna mostra desempenho melhor que a produção industrial, como ocorrera no ano passado.Por sua vez, segundo o Indicador Ipea Mensal de Formação Bruta do Capital Fixo (FBCF), os investimentos cresceram 1,3% no primeiro mês do ano, impulsionados novamente pela importação de plataformas de petróleo – sem essas operações, teria havido uma queda. Em relação ao mês de fevereiro, com as informações disponíveis até o momento, a Diretoria de Estudos e Pesquisas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea estima que a produção industrial tenha avançado 1,5% na margem, enquanto as vendas no comércio teriam recuado 2% ante o mês de janeiro. Em relação às perspectivas para os próximos meses, o balanço de riscos associado à trajetória da atividade econômica sugere um ritmo de crescimento ainda lento. Embora a melhora em alguns fundamentos continue dando sustentação para uma recuperação da demanda agregada, outros fatores tendem a retardar o ritmo de crescimento da economia. Além disso, a aprovação da reforma da previdência continua sendo condição necessária para a aceleração dos investimentos por meio da redução dos níveis de incerteza, e aumento da confiança.

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