Atividade econômica: indicadores mensais

Por Leonardo Mello de Carvalho

A análise recente dos indicadores de atividade econômica aponta para uma recuperação gradual da economia brasileira influenciada pelo aumento da demanda interna, diferentemente do que ocorreu em 2017, quando o crescimento foi explicado, em grande medida, pelas exportações e pelo acúmulo de estoques. Apesar disso, o grau de ociosidade dos fatores de produção permanece em patamares elevados, como evidenciado pelo Indicador Ipea de Hiato do Produto. Além do ritmo lento de recuperação do mercado de trabalho, o setor industrial segue operando com um nível de utilização de capacidade bastante inferior à sua média histórica. Embora algumas atividades venham se beneficiando da melhora na demanda, como os setores de bens de capital e bens de consumo duráveis, a trajetória de evolução da produção industrial em 2018 tem sido modesta. Até o mês de outubro, as informações provenientes da PIM-PF, do IBGE, indicam um crescimento acumulado de 1,8% em 2018, bem abaixo do aumento de 3,8% da demanda interna – medida pelo Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais. Após o pequeno avanço de 0,2% registrado entre os meses de outubro e setembro, interrompendo uma sequência negativa de três quedas, prevemos alta de 0,3% para o resultado de novembro. Em termos interanuais, contudo, a previsão é que a produção caia pela mesma taxa.

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