Economia Mundial

Por Paulo Mansur Levy

A guerra comercial entre Estados Unidos e China alcançou um novo patamar em setembro, quando o presidente Donald Trump anunciou a imposição de tarifas sobre US$ 200 bilhões de produtos importados da China. Com essa nova escalada, já é possível esperar efeitos negativos bastante significativos sobre o comércio mundial. Em primeiro lugar, porque boa parte dos produtos exportados pela China para os Estados Unidos contém parcela bastante elevada de insumos produzidos em diversos outros países, que também serão afetados indiretamente. Segundo, porque essas tarifas provocarão uma elevação dos preços dos produtos afetados no mercado doméstico norte-americano, com redução do consumo.

Os índices amplos de preços de commodities do Banco Mundial, até agosto, mostram um movimento recente de queda nos preços de produtos agrícolas e minérios e metais. A queda nas commodities ligadas à energia, no entanto, não capta o movimento de alta do preço do petróleo ocorrido em setembro, e que o levou a mais de US$ 80/barril. Os dados recentes de atividade econômica seguem mostrando uma economia aquecida nos Estados Unidos, recuperação do crescimento no Japão e desaceleração na Área do Euro (AE). Na China, os sinais recentes também apontam para uma certa desaceleração, principalmente dos investimentos, movimento que pode estar relacionado ao esforço da política econômica no sentido de reduzir o excesso de endividamento acumulado nos últimos dez anos.

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