Previsão Ipea de produção industrial aponta recuo de 1,7% em julho

Por Leonardo Mello de Carvalho

A previsão Ipea de produção industrial aponta recuo de 1,7% para o resultado da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a julho, frente ao mês anterior, na série dessazonalizada. Esse resultado, que sucedeu uma alta de 13,1% em junho, segue influenciado pela greve dos caminhoneiros, cujos efeitos causaram um aumento de volatilidade nos últimos meses. Com isso, o trimestre móvel encerrado em julho teria recuado 3,2% na margem. Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção teria registrado variação positiva: 1,1% acima do patamar de julho de 2017.

O desempenho recente dos indicadores coincidentes da produção industrial também tem sido caracterizado pela oscilação. Após forte crescimento em junho, a grande maioria dos indicadores registrou variação negativa no mês de julho, na série sem influências sazonais (ver tabela). De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), a produção total de auto veículos recuou 7,6% na margem e, por sua vez, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) indica retração de 6,8% no fluxo de veículos pesados. As exceções ficaram por conta das importações de bens intermediários que, tendo por base a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), registrou aumento de 3,9% em julho, e o processamento de petróleo, que cresceu 5,9% na mesma base de comparação, segundo apontou a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Na comparação com julho de 2017, o desempenho positivo foi generalizado, com destaque também para a importação de bens intermediários e para o processamento de petróleo, que registraram avanços de 20,5% e 10%, respectivamente. Na comparação acumulada em doze meses, a produção de veículos continua como destaque, com alta de 18,6%.

Tabela 1 revisada



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