Boletim de expectativas – julho/2018

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Os últimos dois meses assistiram a significativas revisões do crescimento do produto interno bruto (PIB) e da inflação em 2018. O crescimento previsto para o PIB este ano passou de 2,7% para 1,5%, entre o início de maio e a primeira semana de julho, de acordo com o boletim Focus do Banco Central do Brasil (BCB). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) esperado passou de 3,5% para 4,2%. A inflação projetada para os próximos doze meses vinha subindo nas três fontes acompanhadas neste Boletim: Focus/BCB, Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e BM&FBovespa, mas a do Focus reduziu-se significativamente em julho. Quanto à Selic, sua trajetória esperada, que pode ser obtida do Focus/BCB e das cotações do DI Futuro, exibe grande diferença entre as duas fontes: as expectativas coletadas pelo BCB apontam para manutenção da meta para a Selic em 6,5% até a reunião de 20 de março próximo, enquanto as previsões implícitas no DI futuro convergem para a elevação da taxa básica da economia ainda neste segundo semestre. Nos últimos sessenta dias, a estrutura a termo da taxa de juros (ETTJ) elevou-se, em média, em 0,9 ponto percentual (p.p.) em termos reais e em 1,2 p.p. em termo nominais. Para as variáveis fiscais, além do Focus/BCB, foi introduzida no Boletim uma nova fonte de expectativas, o Prisma Fiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE/MF), também obtidas por coleta de previsões. Além de ser uma fonte adicional para as projeções de resultado primário, tem a vantagem de trazer previsões também para a evolução da dívida bruta.

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