Economia Mundial

Carta de Conjuntura nº 39

Por Paulo Mansur Levy

A economia internacional apresentou alguns sinais de desaceleração frente ao ritmo de crescimento observado até o final de 2017. De um modo geral, o cenário externo ainda é favorável ao Brasil: o crescimento da economia mundial mantém-se relativamente forte; o comércio internacional continua se expandindo; os preços de commodities aumentaram após a forte queda entre 2011 e 2016, porém, a inflação na grande maioria dos países continua bem-comportada.

Os riscos para a economia mundial têm refletido principalmente fatores geopolíticos. Por um lado, aumentou o risco de uma guerra comercial diante de medidas restritivas adotadas pelos Estados Unidos em relação às importações de produtos específicos (aço, alumínio) e/ou com origem em países específicos, como a China. Por outro, esses fatores, notadamente os que envolvem o Oriente Médio, têm influenciado, juntamente com variáveis mais estritamente econômicas, o preço do petróleo no mercado internacional.  Além disso, as restrições à produção dos países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) mais a Rússia, num contexto de demanda aquecida e estoques em queda, também têm atuado para a alta do produto. A produção americana tem reagido à elevação dos preços no mercado internacional, e o número de sondas em operação cresceu 150% em relação a junho de 2016, quando o preço encontrava-se 55% abaixo dos níveis atuais, justificando a expectativa de que o valor deverá recuar no futuro.

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