Por Leonardo Mello de Carvalho
O Indicador Ipea mensal de Consumo Aparente (CA) de bens industriais – definido como a produção industrial doméstica líquida das exportações e acrescida das importações – registrou queda de 1,6% na comparação entre fevereiro e janeiro de 2018, na série com ajuste sazonal. No entanto, no trimestre móvel terminado em fevereiro, o resultado continua positivo (1,2%). Entre os componentes do consumo aparente, ainda no comparativo entre fevereiro e janeiro, enquanto a produção doméstica líquida de exportações recuou 1,2% na margem, as importações de bens industriais caíram 2,8%.
Na comparação interanual, o indicador voltou a avançar, atingindo patamar 4,5% superior ao observado em fevereiro de 2017. Com isso, tomando por base o resultado acumulado em 12 meses, a demanda por bens industriais segue registrando ritmo de crescimento mais intenso (4,1%) que o apresentado pela produção doméstica, mensurada pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do IBGE (2,9%).
Na comparação dessazonalizada, foi verificado um crescimento em apenas 11 segmentos, de um total de 22, aumentando o índice de difusão (que mede a porcentagem dos segmentos da indústria de transformação com aumento em comparação ao período anterior, após ajuste sazonal) para 50%, ante 41% de janeiro. Entre aqueles com maior peso, contribuíram positivamente químicos, com alta de 5,8% na margem, e máquinas e equipamentos, com expansão de 2,6%. O principal destaque negativo do mês de fevereiro foi o segmento alimentos, que registrou queda de 4,4%. Os produtos de fumo e os serviços de impressão e reprodução de gravações também recuaram 6,9% e 13,4%, respectivamente.
Os números de cada segmento industrial e a análise completa do indicador podem ser acessados aqui.