Boletim de Expectativas

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

As expectativas do mercado, atualmente, dividem-se entre mais um ou dois cortes de 0,25 pontos de porcentagem (p.p.) para a taxa Selic nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom). Mas há consenso sobre a percepção de que o fim do ciclo de afrouxamento monetário iniciado em outubro de 2016 se dará nas reuniões de fevereiro ou março de 2018. Assim, é oportuno comparar as expectativas para diversas variáveis em dois momentos: logo antes do início do processo de redução da Selic e atualmente. Em setembro de 2016, esperava-se que a própria meta para a Selic, que estava em 14,25%, chegaria a 11% no fim de 2017; na verdade, chegou a 7% e ainda espera-se nova redução até 6,75% ou 6,5%. A inflação esperada para 2017 era de 5,1% e, agora, é de 2,9% (faltando apenas a inflação de dezembro para fechar o ano). A taxa de juros real ex-ante caiu de 7,1% para 2,9%. A estrutura a termo da taxa de juros (ETTJ) real deslocou-se para baixo, mais nos primeiros vértices do que nos últimos: para um ano, a taxa caiu de 6,1% para 2,4%; para dez anos, de 5,8% para 5,3%. A inflação esperada para 12 meses, considerando-se a média de três fontes (Focus/BCB, Títulos públicos/ Anbima e swaps/BM&FBovespa), caiu de 5,4% para 4,1%. O resultado primário esperado para 2020 passou de um superavit de 0,5% do PIB para um deficit de 0,9% do PIB. O crescimento médio do PIB de 2017 a 2020 não mudou muito, passando de 2,1% para 2,2%.

CC37_Boletim de Expectativas III_gráficos

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