Boletim de Expectativas

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

A taxa de inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) esperada para doze meses, após atingir valores máximos por volta do último trimestre de 2015, entre 7,0% e 9,0%, caiu ao longo de 2016 e do primeiro semestre de 2017 e, no segundo semestre, tem apresentado tendência diferente conforme a fonte, mas tem estado entre 4,0% e 4,5%. A inflação esperada para 2018 – de acordo com a mediana do sistema de expectativas do Banco Central do Brasil (Focus/BCB) – que era de 4,5% até o fim do primeiro trimestre deste ano, caiu até chegar próxima de 4,0%, abaixo da meta de 4,5%. Para 2019 e 2020, a mediana das expectativas é igual à meta para os respectivos anos, de 4,25% e 4,0%. A mediana do Focus/BCB prevê corte da taxa Selic dos atuais 7,5% para 7,0% na reunião de 6 de dezembro próximo e novo corte para 6,75% na seguinte, em 7 de fevereiro de 2018. A taxa de juros real ex-ante de um ano, calculada a partir da taxa do swap DI-Pré de 360 dias (da BM&FBovespa) e do IPCA esperado para doze meses pela mediana da pesquisa Focus/BCB, estava, em 10 de novembro último, em 3,0%. Na curva de juros reais, os vértices para os prazos maiores que dois anos e meio se deslocaram para cima nos últimos trinta dias: as taxas de cinco anos, por exemplo, subiram de 4,5% para 4,9%; e as de dez, de 4,9% para 5,3%. As expectativas para o resultado primário do setor público projetam melhoria gradual ao longo dos próximos quatro anos, saindo de déficit de 2,4% do PIB em 2017 para resultado ainda negativo de 0,4% do PIB em 2021. A previsão de crescimento do PIB é de 0,7% em 2017, 2,5% em 2018 e 2,7% daí em diante, até 2021.

CC37_Boletim de Expectativas II

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