Carta de Conjuntura Nº 37
Por Marcelo José Nonnenberg
A manutenção de um cenário externo favorável, a redução do risco país, por um lado, e a queda das taxas de juros, por outro, vêm contribuindo para manter a taxa de câmbio relativamente estável. O superavit comercial continua crescendo, atingindo US$ 58,5 bilhões nos primeiros dez meses do ano, 51,8% acima do mesmo período do ano passado, resultado de exportações de US$ 183,5 bilhões e importações de US$ 125,0 bilhões.
As exportações voltaram a crescer, com elevação de 19,9% no acumulado até outubro. Este crescimento vem sendo impulsionado basicamente pelos preços mais altos, uma vez que as quantidades vêm permanecendo relativamente estáveis. As importações também têm apresentado desempenho positivo nos últimos três meses, com elevação de 9,1% no acumulado do ano, puxadas principalmente pelos bens intermediários (apesar de uma queda em outubro, em termos dessazonalizados), combustíveis e lubrificantes e bens de capital. Nos meses recentes, nota-se um aumento das quantidades importadas, em que pese uma redução em outubro.
O deficit em conta corrente como proporção do PIB passou de 1,13% nos primeiros 10 meses de 2016 para 0,18% no mesmo período deste ano. A situação mais favorável do balanço de pagamentos vem proporcionando um aumento da posição de reservas internacionais, que passaram de US$ 372,8 bilhões em novembro do ano passado para cerca de US$ 381 bilhões no final de novembro deste ano, no conceito de liquidez internacional.