Atividade Econômica: indicadores mensais

Carta de Conjuntura nº 36

Por Leonardo Mello de Carvalho

Embora as questões de natureza fiscal ainda permaneçam como condicionantes da trajetória de médio e longo prazo, o bom desempenho observado nos índices mensais de atividade ao longo de 2017 corrobora o diagnóstico de recuperação gradual da economia. De acordo com o Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais, o crescimento foi bastante disseminado em julho, chegando a 64% dos segmentos na série com ajuste sazonal. Este bom desempenho tem se refletido positivamente no comportamento da indústria, que, segundo o Indicador Ipea de Produção Industrial, deve apresentar nova expansão na margem em agosto, com alta de 0,2% na margem – que seria a quinta alta consecutiva. Na comparação interanual, a previsão também é de crescimento, com expansão prevista de 5,3% sobre agosto de 2016.

A evolução da produção industrial, que vinha sendo estimulada especialmente pelo crescimento das exportações, passou a refletir também uma melhora na demanda doméstica nos últimos meses. Após registrar alta de 2,1% no trimestre móvel terminado em julho, quando comparado com o trimestre terminado em abril, o Indicador Ipea de Comércio prevê novo avanço das vendas no varejo em agosto, que teriam crescido 2,6% na margem. O aumento dos níveis de ocupação no mercado de trabalho nos últimos meses, acompanhado da recuperação do poder de compra dos salários – como explicado detalhadamente na seção de Mercado de Trabalho desta Carta de Conjuntura –, a redução das taxas de juros e a liberação de recursos do FGTS explicam boa parte dessa retomada da demanda.

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