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Rio sedia Congresso Ibero-Americano sobre Desenvolvimento Sustentável

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lançou hoje, dia 31 de maio, no 1º Congresso Ibero-Americano para o Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro, a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável na América Latina e o Caribe. O coordenador da Unesco no Brasil na área de Meio Ambiente e Ciência, Celso Schenkel, informou que a Década foi lançada pelas Nações Unidas em âmbito mundial no último dia 1º de março, em Nova Iorque, e agora chega à região latino-americana e caribenha. Ele lembra que o lançamento dá à Unesco a responsabilidade de funcionar como catalisador de ações de vários organismos do sistema das Nações Unidas, como de governos, setor empresarial e sociedade como um todo.

Schenkel elogia as políticas públicas e a legislação ambiental do Brasil, que considera "muito sólidas". Segundo o especialista, a grande dimensão do país provoca disparidades no trato da questão ambiental. "A gente espera que essa capacidade operacional não só do Estado brasileiro, mas da sociedade, se estenda pelo país, que é uma escala imensa, e a Amazônia principalmente", afirma.

O coordenador avalia que a questão da sustentabilidade mundial passa pela conciliação entre a apropriação dos ativos ambientais de forma "menos perdulária" e o desenvolvimento de uma melhor distribuição desses benefícios. "Você está depreciando o patrimônio natural, concentrando maior renda, e isso faz com que seja uma grande contradição, uma vez que há um patrimônio fantástico no país que não é distribuído de uma forma eqüitativa entre a população".

Schenkel analisa, entretanto, que o Brasil está muito bem colocado no ranking latino-americano do desenvolvimento sustentável, porque as políticas publicas têm avançado bastante e apresentam um caráter de processo. "Existe uma coerência de políticas públicas tanto do sistema nacional de unidades de conservação, como da questão da gestão da água, o que mostra que a sociedade brasileira incorporou isso como políticas importantes na gestão do Estado brasileiro. O país tem demonstrado que é capaz de gerar conhecimento nessa matéria e de responder aos compromissos internacionais que assumiu", avalia.

Desmatamento da Amazônia

Durante a abertura do 1º Congresso Ibero-Americano sobre Desenvolvimento Sustentável, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a necessidade de "não só lidar com agenda de comando e controle, mas com a agenda positiva do desenvolvimento" para combater o desmatamento da Amazônia. Ela citou o manejo florestal, conjunto de técnicas para a colheita de parte das árvores grandes que fazem com que as menores sejam protegidas - ação que pode reduzir o desmatamento da Amazônia provocado pelo cultivo de soja.

"Pode-se substituir a destruição da floresta para a agricultura por manejo florestal, e mantendo a floresta em pé. O Brasil tem 160 mil quilômetros quadrados de área convertida, abandonada e semi-abandonada. A Embrapa tem tecnologia para utilizar, de forma intensiva, essas áreas e aumentar a produção de grãos, e sem derrubar mais um pé de árvore", disse.

Marina afirmou ainda ser mal-interpretada por alguns jornalistas. Segundo a ministra, eles consideraram que ela tivesse transferido a responsabilidade do desmatamento da Amazônia para a sociedade - no mês passado o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais informou o crescimento de 6% do desmatamento da Amazônia em um ano, território que quase corresponde ao tamanho do estado do Alagoas.

"Eu quis dizer é que, quando os consumidores começarem a exigir daqueles que ainda não estão plasmados nessa preocupação de sustentabilidade, o Brasil passará a dar uma grande contribuição para preservar o meio ambiente", explicou.

Fonte: Agência Brasil


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