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Livro mostra a empresas como implementar programa de investimento social

Desde o início dos anos 2000, o Brasil registra um crescimento significativo no número de empresas que realizam ações sociais. A Pesquisa Ação Social das Empresas, realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (www.ipea.gov.br/asocial) e lançada em julho de 2006, por exemplo, mostra que, entre 2000 e 2004, a participação empresarial na área social aumentou de 59% para 69% e que 600 mil empresas já desenvolvem ações voluntariamente. No entanto, termos como investimento social privado e responsabilidade social ainda geram confusões conceituais.

O livro "A Empresa na Comunidade: um passo a passo para estimular sua participação social", de Carla Cordery Duprat, que faz parte da Coleção IDIS de Investimento Social, pretende não só esclarecer pontos como estes, mas também apresentar a evolução do papel das empresas na área social, mostrar como elas podem se envolver e atuar de forma estratégica em suas comunidades e descrever as premissas que orientam a ação social.

Sete passos para implantação do programa

De maneira bastante didática e prática, a publicação apresenta sete passos para a implantação de um Programa Empresarial de Investimento Social. O primeiro é sobre a formação do comitê de Investimento Social. De acordo com a autora, o comitê deve ser composto de três a cinco pessoas, preferencialmente de áreas distintas da empresa. Será responsável por conduzir o processo de planejamento do investimento social, promover ações de sensibilização na empresa e na comunidade, bem como implementar, acompanhar, avaliar e comunicar o Programa. Por sua função estratégica, o comitê deve estar capacitado e ter o aval da diretoria ou presidência da empresa.
 
O segundo passo consiste na realização de levantamentos quantitativo e qualitativo das ações sociais da empresa. O diagnóstico qualitativo deve identificar as opiniões, experiências pessoais, sonhos e aspirações dos dirigentes da empresa. Já o quantitativo, avaliar o volume de recursos financeiros que foram investidos pela empresa nos dois últimos anos. Esses levantamentos são importantes porque ajudam a identificar os pontos fortes, as oportunidades, os pontos fracos e as ameaças da estratégia de investimento social da empresa. Devem ser o ponto de partida da elaboração da nova estratégia.

O terceiro passo é a definição do foco de atuação. Como os problemas sociais são complexos e variados, é preciso definir o foco de atuação da ação da empresa. Com isso estabelecido, a empresa deve adquirir e gerar conhecimento sobre a temática, avaliando qual a melhor forma de fazer uso de seus limitados recursos. Segundo Carla Duprat, o ideal é que o investimento social esteja alinhado ao negócio da empresa e que se esteja atento não apenas aos problemas da comunidade, mas também aos talentos e oportunidades. 

A definição da estrutura é a próxima etapa. A empresa deve decidir se criará um departamento específico para o investimento social dentro da própria instituição ou se criará uma nova pessoa jurídica, por meio da constituição de uma associação civil sem fins econômicos ou de uma fundação. A publicação apresenta as vantagens e desvantagens das duas situações.

O próximo passo é o estabelecimento da forma de atuação. A empresa que deseja estruturar seu investimento social pode atuar como financiadora ou operadora de projetos. A partir de casos ilustrativos, o livro apresenta as diferenças entre o operador e o financiador social, mostrando o papel de cada um deles. 

Na identificação de recursos disponíveis, são apresentados casos de empresas que oferecem tipos de recursos diferentes, como serviços de comunicação, funcionários capacitadores, melhoria da infra-estrutura de organizações sociais, doações em dinheiro, material ou pessoal, investimento em projetos de captação de recursos, promoção de concursos de projetos, oferecimento de bolsas de estudos, assistência em informática, cessão de espaço para reuniões ou para a sede de organizações etc.

O último passo consiste no desenvolvimento e implantação do programa. A autora recomenda que se inicie a implantação através de um projeto piloto, com duração aproximada de um ano. O livro mostra como elaborar essa etapa do programa, que deve ser cuidadosamente acompanhada e monitorada para que seja aperfeiçoada e fortalecida. Recomenda-se a realização de relatórios trimestrais, que avaliem os principais resultados, tarefas realizadas ou não, e principais dificuldades. Outras dicas apresentadas pela autora são: obter o comprometimento da alta direção da empresa, para que se crie um programa de longo prazo; desenvolver a iniciativa em um momento de crescimento e não de crise da empresa; pautar o programa na política e na prática da responsabilidade social a empresa; e garantir recursos financeiros para a elaboração e implantação do Programa.

O livro "A Empresa na Comunidade: um passo a passo para estimular sua participação social" pode ser adquirido junto ao IDIS, a um custo de R$ 28,80. Mais informações: (11) 3044-4686.


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