Página Principal  
site do ipea contato


Contato
A Pesquisa
Resultados
2ª Edição (2006)
1ª Edição (2002)
Parceria
Perguntas Freqüentes
Notícias
Veja Também
Entidades
Organizações Sociais
Revistas Digitais
Internacionais
Artigos
Apoio:
Rede Ipea

Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada - IPEA

Diretoria de Estudos
Sociais - DISOC

SBS, Ed. BNDES, 14º andar
Brasília - DF - 70.076-900

Fone: 61 - 3315 5282
Home > Notícias

Notícias

Revista discute avaliação do impacto do investimento social privado

A edição de dezembro da revista Alliance Magazine discute a avaliação do impacto de investimentos sociais privados. Para promover o debate, a revista traz textos de especialistas, como David Bonbright, diretor executivo da Keystone, e uma entrevista exclusiva com Paul Brest, presidente da Hewlett Foundation.

A discussão acerca da avaliação dos efeitos do dinheiro investido pelas organizações da sociedade civil é extremamente contemporânea. Cada vez mais se acredita que, para conseguir o máximo de efeito com seus recursos, as fundações precisam de objetivos específicos, estratégias coerentes para atingi-los e indicadores de desempenho.

Tais indicadores, condensados em Relatórios de Atividades, maximizariam a aprendizagem de doadores, beneficiários e todos os interessados em investimento social. Porém, "ao contrário dos dados encontrados no mundo dos negócios, a medição de impacto social é dificultada por entraves relacionados à defasagem, causalidade e dificuldade no estabelecimento de comparação", aponta David Bonbright, em seu artigo "What do we need to know?". O texto discute as informações necessárias para o investimento social eficiente.

O executivo tem ampla experiência na área. Na década de 80, passou quatro anos à frente da Ford Foundation, em organizações de direitos humanos na África do Sul e na Namíbia. Atualmente, dirige a Keystone, uma organização que desenvolve novos meios de planejar, medir e divulgar projetos de filantropia.

Apesar dos desafios, um número cada vez maior de fundações está desenvolvendo indicadores que revelam o impacto gerado por suas ações. A síntese desses indicadores ocorre a partir da adaptação de conceitos e ferramentas do mundo empresarial.

Bonbright defende que os estudos de impacto ajudam a alcançar as metas pré-estabelecidas. E que esses resultados podem ser divididos em duas categorias: os de curto prazo, mais objetivos, como, por exemplo, quantas doses de imunização foram aplicadas em um determinado programa; e os de longo prazo, relacionados às mudanças sistêmicas observadas ao redor do foco objetivo de atuação. O impacto sistêmico, segundo o presidente da Keystone, é normalmente negligenciado pelas avaliações. A dificuldade em estabelecer um nexo de causalidade entre os índices de curto prazo e os indicadores macro da realidade local é a principal causa desse abandono.

Além disso, em entrevista à Alliance Magazine, Paul Brest, presidente da Hewlett Foundation, afirma existir resistência das instituições em gastar dinheiro com avaliações. "As fundações estão sempre tão convencidas do sucesso de suas intervenções que preferem deixar de alocar recursos para a avaliação de impacto", observa.

O descuido em relação ao impacto social também está relacionado ao compartilhamento de informações. Métodos informais - como publicações direcionadas ao tema ou, num nível mais objetivo, remissão por ferramentas de busca, como o Google - são os responsáveis pela disseminação de conhecimento. Não há nenhum recurso sistemático de agrupamento ou difusão de dados e experiências.

Brest propõe o compartilhamento de informações entre os vários núcleos de investimento social. A informação básica viria da fonte, isto é, daqueles que estão desenvolvendo projetos. "Idealmente, queremos saber o que o programa em particular busca alcançar e qual sua estratégia ou teoria de mudança para atingi-lo", conclui.

A conversão dos dados objetivos e da trajetória percorrida pelas organizações em informação de acesso generalizado para a sociedade é outro desafio. "Para levar o impacto a sério, as organizações não devem apenas medir com mais eficiência, mas também criar um mercado público de informação, que auxilie na decisão de investimento social", concorda David Bonbright.

O especialista utiliza sua experiência na Ford Foundation para ratificar sua posição. "Depois de quatro anos trabalhando na África, eu sabia quem era influente, quem mostrava resultado, quais eram os diversos públicos de relacionamento, quem era preguiçoso e até mesmo corrupto. Eu e mais meia dúzia de pessoas do cenário filantrópico internacional. Vinte anos depois, a situação é a mesma. Meus sucessores na Ford Foundation continuam sendo os únicos bem-informados sobre direitos humanos na África do Sul", aponta.

Segundo ele, aprender - e compartilhar o que foi aprendido - é um imperativo categórico para a mudança social. Ao contrário dos investidores comerciais, que apresentam dados e relatórios com o intuito de corroborar posições, "os investidores sociais medem não para provar, mas para melhorar", conclui.

Fonte: IDIS


Outros artigos desta seção:

Notícias da semana, publicadas entre 22 e 30 de abril

Fórum Amazônia Sustentável é lançado em São Paulo

População brasileira se interessa pelas práticas socioambientais das empresas

5º Congresso Gife reúne 700 lideranças do terceiro setor

74% dos paulistas investem em responsabilidade social local
todos os artigos