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Direitos humanos devem estar na agenda empresarial

A um ano de completar seis décadas da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Alta Comissária das Nações Unidas para Direitos Humanos Louise Arbour apelou ao empresariado brasileiro para que se una no esforço de cumprir as metas do milênio. Os direitos humanos devem estar, mais do que nunca, na agenda corporativa. Em visita ao Brasil, no início de dezembro, a canadense visitou órgãos governamentais, organizações do terceiro setor e aceitou o convite - segundo ela inusitado - para falar à Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa. "Em princípio, fiquei muito intrigada. Afinal, não passo muito tempo da minha vida em bolsas de valores. Mas agora começo a pensar que deveria", brinca.

Após elogiar a instituição por ser a primeira do mercado de capitais a aderir ao Global Compact, tratado de responsabilidade social da ONU, afirmou que os ativistas humanitários devem rever preconceitos em relação à contribuição das empresas para o tema. "É comum que os mais engajados pensem que dinheiro gera apenas dinheiro, e não bem-estar para a sociedade. As iniciativas da Bovespa nos convidam a reconsiderar esse tipo de estereótipo e olhar para o setor privado como um ambiente em que parcerias com o governo e a sociedade civil devem ser encorajadas", observa. Louise desafiou, ainda, o povo brasileiro a alcançar as expectativas que seu antecessor imediato, Sérgio Vieira de Mello, morto em 2003, em um ataque à base da ONU em Badgá, criou para o país e o mundo em relação aos direitos humanos.

Ainda que o Brasil não tenha o atingido patamar de excelência sonhado pelo diplomata no que diz respeito ao humanitarismo, as práticas de algumas das maiores empresas nacionais e multinacionais instaladas no território demonstram a importância crescente do conceito no setor privado. Baseada nisso, depois de criar o Índice de Sustentabilidade Empresarial e aderir ao Global Compact, a Bovespa anuncia a criação de um curso sobre direitos humanos para corporações em 2008.

"É fundamental mostrar para a sociedade que os direitos humanos são também políticos, civis e culturais, e não exclusivamente focados no 'direito do bandido', como se enxerga no Brasil", explica o presidente da bolsa Raymundo Magliano Filho. O empresário justifica que visibilidade, transparência e o ensino dos direitos humanos são fundamentais para criar, tanto no meio corporativo quanto da sociedade em geral, uma nova cultura de "respeito, solidariedade e sustentação da democracia".

Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, concorda. Para ele, as iniciativas das empresas em defesa dos direitos humanos devem ir além da legislação e se pautar em um ideal de dignidade humana. "Não há passagem das empresas para o desenvolvimento sustentável que não seja marcada profundamente pelo respeito e dignidade humana. Discutir qualquer coisa que não seja isso é ficar num debate sobre legalidades", opina.

Direitos humanos está nas ferramentas de gestão de RSE

Essa tendência se reflete hoje nas próprias ferramentas de avaliação da Responsabilidade Social Empresarial, como o internacional GRI (Global Report Iniciative) e nos indicadores Ethos, mecanismo que trata, por exemplo, da garantia do respeito pelo indivíduo e do trabalho decente como elementos definidores de uma empresa socialmente responsável.

Entre esses temas, as organizações precisam cumprir exigências relacionadas aos itens: Política de Remuneração, Benefícios e Carreira; Cuidado com Saúde, Segurança e Condições de Trabalho; Compromisso com o Desenvolvimento Profissional e a Empregabilidade; Comportamento Frente a Demissões; Preparação para Aposentadoria; Compromisso com o Futuro das Crianças; Compromisso com o Desenvolvimento Infantil; Valorização da Diversidade; Compromisso com a Eqüidade Racial; e Compromisso com a Eqüidade de Gênero.

Na mesma direção, cresce o número de pactos empresariais, reunindo setores-chave da economia em torno de uma causa social comum, geralmente relacionada aos direitos humanos. Entre os mais conhecidos, destacam-se o Pacto na Mão Certa, da Childhood Brasil (contra a exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas) e o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo. O mais amplo acordo entre empresas com base em objetivos humanitários, entretanto, é o Global Compact, que, entre os seus dez princípios, inclui o cumprimento dos direitos humanos e, em outra frente, dos direitos dos trabalhadores.

Veja mais no site http://www.ideiasocioambiental.com.br

Fonte: Idéia Socioambiental (www.ideiasocioambiental.com.br ), com base em  matéria de Carmen Guerreiro.


 


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