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Ainda há desafios na cobertura de ações sociais pela imprensa

Fatores como preconceito, falta de formação e desconfiança permeiam o relacionamento entre mídia e terceiro setor. Segundo o secretário executivo da Agência de Notícias pelos Direitos da Infância (Andi) Veet Vivart, os jornalistas têm melhorado o seu trabalho. Na visão do especialista, boa parte da imprensa acha que o terceiro setor é importante quando se quer discutir o cenário social do país. "Os jornalistas também passaram a entender que o setor é uma fonte de ação qualificada, e seus atores são entendidos como formadores de opinião. Mesmo as pautas para as reportagens podem vir deles", argumenta Vivarta.

No entanto, há uma série de desafios nesse relacionamento. O secretário executivo da Andi, organização especializada em análise da cobertura jornalística, fala sobre dois: má formação dos jornalistas para tratar sobre o tema e certo preconceito da sociedade civil organizada sobre o trabalho da imprensa."Se por um lado as universidades e as redações não orientam os profissionais para trabalhar com um quadro amplo, como é a área social, as organizações tardaram em perceber que comunicação é relacionamento", explica.

Um dos exemplos do ruído entre redações e ONGs pôde ser visto em uma matéria transmitida pelo Jornal do SBT - Edição da Noite, ancorado pelo jornalista Carlos Nascimento, no dia 06 de fevereiro de 2007. A reportagem falava sobre um site que contava minuto a minuto o número de mortes ocorridas no Rio de Janeiro (RJ). Quando a repórter falou sobre o trabalho social em favelas, afirmou que as organizações faziam o papel do Estado, sem ver quem apoiava as entidades de assistência citadas no programa.

Em um setor em que empresas, governo e sociedade civil organizada trabalham juntos, a omissão dessas alianças, ou mesmo alimentar a visão puramente assistencial dessas entidades, é um equívoco que só a desinformação explica.

Outro ruído está na relação entre empresas e imprensa. Na última Conferência Internacional 2006 do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, a editora de projetos especiais do jornal Valor Econômico Célia Rosemblum ponderou que muito da resistência da mídia em relação ao setor privado pode residir no fato de que "em última instância, a Responsabilidade Social de Empresas (RSE) talvez esteja mesmo ligada ao mercado".

Assim, a questão do preconceito de alguns jornalistas, que acreditam que falar bem de empresas é merchandising, evidencia-se. Nesse sentido, a colunista do jornal O Globo e comentarista da Rádio CBN Miriam Leitão cobrava das ONGs um posicionamento mais efetivo para a consolidação dos princípios da RSE: "as organizações também devem cutucar, como os jornalistas, questões como as que envolvem empresas que usam trabalho escravo, por exemplo".

Seja como for, o reconhecimento da imprensa como elemento de estímulo e apoio à transformação social é imprescindível e, apesar dos tropeços, deve ser legitimado pelos demais setores. Segundo o gerente de jornalismo do Sistema Globo de Rádio-SP Heródoto Barbeiro, o "jornalismo não é dar somente boas notícias, mas criticar a sociedade". No entanto, é preciso rever o relacionamento desses diferentes atores para que os preconceitos sejam expurgados e o tratamento editorial seja baseado na isenção e transparência de seus participantes.

Fonte: Rede Gife, com base em matéria de Rodrigo Zavala

 


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