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Gife preside rede mundial de investidores privados

O secretário-geral do GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, Fernando Rossetti, foi eleito o novo presidente da Worldwide Initiatives for Grantmakers Support (Wings), a rede global de iniciativas de apoio a investidores sociais privados. A organização reúne mais de 140 associações de doadores e apoiadores da filantropia nos cinco continentes.

Segundo o novo presidente, a Wings é o que pode ser chamada de uma organização intermediária ou de infra-estrutura da sociedade civil. "É uma ação aparentemente abstrata, mas realmente importante: ela contribui para que organizações como o Gife façam melhor seu trabalho no apoio a fundações e institutos, que realizam investimento social privado - ou grantmaking, como se diz em inglês", argumenta.

Criada formalmente no ano de 2000, a Wings é uma rede mundial que busca o fortalecimento da filantropia e da cultura de doações por meio de programas de aprendizado, intercâmbio de conhecimento e aprimoramento profissional entre as associações participantes. São organizações que voluntariamente se inscrevem para participar da rede, sem qualquer custo.

"Como executivo principal do Gife, encontro na Wings os meus pares mais diretos. São pessoas que, como eu, enfrentam desafios de gestão de rede, de organização de grupos de afinidade, de advocacia pública, envolvendo governos e organizações não-governamentais", explica.

Segundo Rossetti, as experiências da Austrália, Europa, África do Sul, Rússia, Índia, entre muitos outros, têm muito a acrescentar à expertise brasileira no campo do investimento social privado. "Se a economia brasileira está se globalizando, por que não globalizar também, junto com nossas empresas a nossa competência em projetos sociais, ambientais e culturais? Tornar-se um país competitivo no tabuleiro da economia globalizada implica muito mais do que apenas fazer negócios. O Brasil já é uma referência internacional em música e futebol, por exemplo. Agora temos a chance de nos tornarmos referência também no campo da organização da sociedade civil, em particular no investimento social privado. É claro que ainda temos muito a desenvolver e aprender. Mas o contato com a Wings acelera o processo de troca e aprendizagem entre as organizações brasileiras e as de outras partes do mundo", explica.

Surgimento da Wings

A preocupação com essa articulação está ligada à história da organização. Ela surgiu a partir de uma série de encontros informais, ocorridos ainda na década de 1990. Participaram dessas reuniões, diferentes associações de doadores, como o Gife, e associações de apoio, como é o caso do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), que descobriram partilhar objetivos comuns.

O trabalho incluía o monitoramento e a promoção de um marco legal favorável para o campo social nos países representados pelas organizações, serviços para o fortalecimento de fundações, promoção do investimento social planejado e estratégico, tal como as boas práticas de transparência das doações.

Os encontros informais resultaram na primeira Reunião Internacional de Associações de Assistência a Doadores (IMAG, em inglês), realizada no México, em 1998. No mesmo ano, as organizações de apoio a fundações comunitárias também se reuniram nos Estados Unidos, quando foi elaborado um plano de ação para o fomento da filantropia. A Wings nasce, portanto, da união de esforços desses dois grupos internacionais de trabalho.

No período de 2000 a 2006, a sede da Wings migrou do Conselho de Fundações, em Washington (Estados Unidos) para o Centro Europeu de Fundações, em Bruxelas (Bélgica). A partir de 2007, porém, enquanto o Secretariado - instância mais executiva da organização - foi acolhido pelo Consórcio Asiático de Filantropia do Pacífico, nas Filipinas, a presidência do Comitê Coordenador veio para o Brasil.

"Se buscamos trocas de experiência numa perspectiva mundial, a presidência da rede passar agora para o Brasil, e da secretaria para as Filipinas, mostra que, neste campo, o mundo está realmente ficando plano. Temos a oportunidade de dialogar de igual para igual com experiências de ISP e filantropia de qualquer outra parte do mundo, seja no hemisfério sul ou norte, sejam com países desenvolvido ou em desenvolvimento", garante o novo presidente. 

Sobre Rossetti

Fernando Rossetti, 45 anos, é secretário-geral do Gife. Formado em Ciências Sociais pela Unicamp, atuou no jornal Folha de S.Paulo de 1990 a 1999, como repórter de Educação e correspondente na África do Sul (1994-95). Tem especialização em Direitos Humanos pela Universidade Columbia (EUA, 1997).

Fundou, com Gilberto Dimenstein, a ONG Cidade Escola Aprendiz, que dirigiu de 1999 a 2002. Atuou como consultor para diversas organizações nacionais e internacionais do terceiro setor, como o Unicef, para quem escreveu o livro "Mídia e Escola - Perspectivas para políticas públicas". É comentarista do Canal Futura desde 1997.  Rossetti é também Synergos.

Mais informações: www.wingsweb.org/.


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