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Pacto para combater aquecimento global

Um compromisso público no combate às emissões de gases causadores do aquecimento global. Assim pode ser resumido o Pacto de Ação em Defesa do Clima firmado dia 24 de abril pelo Greenpeace, em parceria com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável - CEBDS - e a WWF Brasil. A proposta é inédita no país.

O pacto é classificado como "a primeira ação concreta de combate ao aquecimento global no país após a divulgação dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a partir de fevereiro passado".

"Existe uma urgência em termos ações concretas para lutar contra o aquecimento global. Não estamos sentindo nem o senso de urgência, nem a liderança presente", disse o coordenador de Campanhas do Greenpeace, Marcelo Furtado, para quem não existe hoje no país uma política nacional de mudanças climáticas. 

O pacto identifica as ações a serem adotadas pelas empresas e Governo e quer mobilizar a sociedade brasileira para reduzir seus níveis de emissões de gases de efeito estufa, evitando que a elevação da temperatura média do planeta ultrapasse 2º Celsius em relação aos níveis pré-industriais. O pacto "mostra que a sociedade não está como expectadora, esperando o dia em que o Governo vai ficar iluminado", diz Marcelo.

Foram delineadas dez ações no documento, que incluem o fim do desmatamento e a garantia de maior governança nas florestas brasileiras, o estabelecimento de uma matriz energética brasileira baseada em fontes renováveis e a identificação das vulnerabilidades do país à mudança climática.
Além disso, o pacto estabelece metas de redução de emissões, incentivos à eficiência energética e o desenvolvimento de um mercado nacional para energias limpas como solar, eólica, pequenas centrais hidroelétricas e outras. "Vai ser a diferença entre quem fala e quem faz", diz Furtado, lembrando a inovação do Greenpeace ao sentar-se com empresas que, no passado, estariam do outro lado da mesa.

"A maior penalidade para quem se comprometer e não cumprir virá do mercado, dos consumidores e eleitores", completa, numa alusão ao marketing verde de fachada utilizado hoje por determinadas empresas e por alguns representantes da classe política.

Crítica interna

O Brasil, de fato, não vem dando a devida importância às mudanças climáticas. Reportagem do Jornal do Senado reproduz declarações do chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Eduardo Delgado Assad, em depoimento à Comissão Mista Especial sobre Mudanças Climáticas.

Segundo ele, "o Brasil está na contramão da história em relação à pesquisa de soluções para o aquecimento global", ao lamentar o contingenciamento de recursos que faz a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vir recebendo muito pouco.

-  Apenas uma empresa americana está investindo R$ 500 milhões para que uma universidade brasileira pesquise o biodiesel. E nós [Embrapa] estamos brigando por R$ 5 milhões. Para enfrentar o problema do aquecimento precisaríamos de R$ 250 milhões, para começar - disse, ainda conforme o Jornal do Senado.

Delgado Assad explicou que, caso nada seja feito, a previsão é de que, em 2100, a temperatura aumentará 5,8ºC e o Brasil produzirá apenas 30% do que produz hoje, pois culturas como soja, milho, trigo, arroz, feijão e algodão estarão praticamente extintas devido ao aquecimento global.

Para evitar o problema, ele disse que será preciso desenvolver novas plantas resistentes ao calor e à seca, a partir de engenharia genética que acrescente a essas culturas o gene resistente ao estresse climático contido em 6 mil espécies naturais do cerrado e da caatinga.

-  E esse é um novo tipo de pesquisa, diferente daquela voltada para resistência a doenças. Em 2100, teremos 400 milhões de habitantes. A planta que vai nos salvar é a que estiver adaptada ao estresse climático, e essa é uma pesquisa lenta, sem resultados a curto prazo - explicou.

Fonte: Ambiente Brasil, com base em matéria de Mônica Pinto.


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