Uma nova instituição será criada para facilitar a troca de experiências entre a Organização das Nações Unidas (ONU) e a sociedade civil no país. Trata-se da "Conversando com as Nações Unidas" (CNU-Brasil). A idéia é estabelecer um relacionamento mais estreito para a discussão sobre temas universais, como direitos humanos.
O Brasil possui hoje 21 das 23 agencias da ONU dedicadas ao desenvolvimento econômico e social. Ainda assim não havia proximidades com o terceiro setor. "As pessoas não se identificam com a ONU porque acham que as Nações Unidas é uma organização que fomenta a relações entre os governos. A CNU-Brasil é uma tentativa de fazer com que o cidadão se aproxime e se identifique com os nossos propósitos", afirma o embaixador Rubens Ricupero, ex-secretário geral da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (Unctad), que será o presidente do conselho consultivo da instituição.
Para isso, em 2007, serão criados o Centro de Pesquisas e a Casa da ONU. A idéia é que a população possa ter acesso a materiais e documentos da organização. A ONU espera criar um banco de boas práticas e divulgar para o mundo as ações do terceiro setor que estão sendo realizadas no país. Ao mesmo tempo, irá trazer para a sociedade civil brasileira experiências bem sucedidas em outros países. "Temos trabalhos importantíssimos sendo feitos no mundo que podem servir como exemplo para casos brasileiros e vice-versa. Não queremos que os bons resultados fiquem isolados", afirma Fábio Barbosa, presidente do Conselho de Segurança do CNU-Brasil.
O banco de boas práticas deverá conter informações sobre projetos na área de saúde, desenvolvimento e direitos humanos. A CNU-Brasil atuará em conjunto com o United Nations Information Centre (Unic-Rio), ligado ao Secretariado Geral das Nações Unidas. A iniciativa conta com o apoio de instituições como Grupo VR, Banco Real, Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), entre outras. |