A Tesco, maior rede de supermercados do Reino Unido, anunciou recentemente que todos os 70 mil produtos vendidos em suas lojas apresentarão nos rótulos a quantidade que emitem de carbono. A medida é pioneira em todo o mundo e proporciona aos consumidores a possibilidade de comparar o "custo carbono" das mercadorias, da mesma forma que o fazem em relação ao preço e ao número de calorias, por exemplo.
Responsável pela produção anual de 2 milhões de toneladas de dióxido de carbono, a Tesco também definiu prazos de redução nas emissões geradas pela empresa. Nos próximos cinco anos pretende cortar pela metade a emissão produzida pela rede de entrega e distribuição de produtos. Até 2020, a meta é diminuir em 50% a quantidade do gás liberada pelas lojas e centros de distribuição.
Segundo a empresa, a iniciativa quer levar ao consumidor a consciência dos impactos da produção das mercadorias sobre o aquecimento global. Dessa forma, o consumidor consciente pode se abastecer de informações sobre os produtos que adquire, que nem sempre são fáceis de encontrar. E, quanto mais informação à disposição do consumidor, maiores são as chances de se fazer uma boa avaliação dos impactos que suas compras causam ao meio ambiente, à sociedade, à economia e a si mesmo.
A partir da iniciativa da Tesco, os consumidores britânicos poderão valorizar a empresa pela sua preocupação com a sustentabilidade e incentivar outras empresas a adotarem o mesmo comportamento. Quando faz isso, o consumidor não só escolhe de forma mais consciente os produtos que irá consumir, mas também avaliza o tipo de comportamento empresarial que quer ver no mundo.
Iniciativas como essa estão crescendo rapidamente em todo o mundo. Ao lado da Tesco, outras redes também estão empenhadas no controle da emissão de gases que causam o efeito investimento de 500 milhões de dólares para a utilização integral de energia renovável e no corte estufa.
O agravamento do efeito estufa é um dos principais problemas da humanidade. Estudos recentes indicam que o fenômeno será responsável por 3 bilhões de pessoas virem a sofrer com escassez de água e alimentos até 2080.
No Brasil, até o momento, nenhuma empresa adotou a inclusão da informação sobre a quantidade emitida de carbono no rótulo de seus produtos. Certamente, o consumidor consciente poderia, ao indagar as empresas sobre o volume de emissão de carbono resultante do processo de fabricação de produtos e sobre seu processo de venda e distribuição, contribuir para que as empresas tenham maior preocupação em gerar menos gases de efeito estufa. Ao questionar as empresas, o consumidor estará demandando uma atitude responsável nessa área tão importante do aquecimento global. <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Fonte: Instituto Akatu |